sexta-feira, 11 de setembro de 2015









                                O Outono que já vem

Os brancos de meus cabelos
Não se deixam mais colorir
E o outono de minha vida
Que ainda esta por vir
Parece se antecipar
Nas ditas marcas do tempo
Que já tomam seu lugar.

sábado, 5 de setembro de 2015



OS QUINTAIS DE BELÉM

   
 Belém tem uns encantamentos que não tem fim.
          Umas esquinas de ontem que dão um ar bucólico à cidade que insiste em não mudar de século.
          Uns quintais... Ah! Os quintais de Belém... Em pleno centro da cidade, com goiabeiras e touceiras de açaí, pé de sapoti e abacateiro. Chicórias brotam pelos cantos, coentros são plantados. Erva cidreira, canela, capim santo, tudo pra fazer chá, que cura... Cólica, dor de cabeça, insônia, acalma... Alimenta!
          Deve ser por causa das chuvas que tudo brota assim, sem muitos zelos, vai crescendo.
          E os jardins?... Nesses não faltam papoulas, Jasmim Buquê e Estrela, e Tajá então? Espada de São Jorge?! Zina, Crista de Galo, e Cravo?! Flores de sempre em Belém, Flores de minha infância, minha mocidade e de minha maturidade também.
           É comum encontrar nos jardins das casas e até mesmo das repartições (que palavra mais antiga!), mamoeiros. Sempre tem um pé de mamão.
          Agora mesmo, estou na casa da Linguagem localizada na Avenida Nazaré onde tem um espaço que fica a baixo do nível da rua, bancos de praça... Um coreto. É um jardim que lembra muito as casas e fazendas Espanholas e Mexicanas, pois o quintal ou o jardim fica pra dento fazendo das paredes da casa grande, o muro. Pois nesse jardim na casa da Linguagem, no centro da cidade de Belém tem alguns pés de mamão plantados. Encontram-se agora carregados do apreciado fruto. Há que disputá-los ainda com as pipiras, apreciadoras contumazes do natural produto. Estão assim, postos à conta de adorno, mas que alimenta... A seiva da abelha, o bico do Beija Flor, as gentes e suas lembranças. É o bucolismo de Santa Maria de Belém do Grão Pará.