domingo, 27 de julho de 2014

 Via de regra nos quartéis usa-se livro de ocorrências para registra alguma alteração ao longo do serviço. Existe um padrão para a escrita dessas ocorrências. Geralmente não se pode apagar usar corretivo nem rasurar. Assim sendo em caso de erro, falha ou correção da informação que se deve registrar no tal livro usa-se a vírgula e a palavra “digo”. Por exemplo: ‘...portanto as cinco cadeiras foram levadas dessa seção, digo, as quatro cadeiras foram levadas dessa seção’. Acontece que entre os sargentos do quartel em questão, havia um que se achava verdadeiro literato não só no verbalizar, mas principalmente ao redigir. Gostava de escrever nesse livro de ocorrências. Era cativo dessa prática e não escondia dos demais, pelo contrário, alardeava esse seu gostar aos quatro cantos da caserna. Acontece que numa determinada ocorrência ele escreveu o nome do soldado Diogo com a grafia Digo e para corrigir redigiu da seguinte forma: ‘Onde digo Digo, não digo Digo, digo Diogo!’

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