Via de regra nos quartéis usa-se livro de
ocorrências para registra alguma alteração ao longo do serviço. Existe um
padrão para a escrita dessas ocorrências. Geralmente não se pode apagar usar
corretivo nem rasurar. Assim sendo em caso de erro, falha ou correção da
informação que se deve registrar no tal livro usa-se a vírgula e a palavra “digo”.
Por exemplo: ‘...portanto as cinco
cadeiras foram levadas dessa seção, digo, as
quatro cadeiras foram levadas dessa seção’. Acontece que entre os sargentos
do quartel em questão, havia um que se achava verdadeiro literato não só no
verbalizar, mas principalmente ao redigir. Gostava de escrever nesse livro de
ocorrências. Era cativo dessa prática e não escondia dos demais, pelo
contrário, alardeava esse seu gostar aos quatro cantos da caserna. Acontece que
numa determinada ocorrência ele escreveu o nome do soldado Diogo com a grafia
Digo e para corrigir redigiu da seguinte forma: ‘Onde digo Digo, não digo Digo,
digo Diogo!’
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