domingo, 17 de agosto de 2014

Edgar com as Negras(como ele costuma chamar as irmãs Ana Júlia e Ana Luísa) em Belém do Pará  no Boteco das 11

COISAS DE EDGAR
Edgar, também conhecido como Magal, sempre foi boa praça, muito bem humorado. Quando pequeno era complicado chamar-lhe atenção. Tinha umas tiradas! Certa vez voltado do hospital da Aeronáutica no Recife com ele, parei numa banca de revistas para olhar algumas publicações que versavam sobre decoração. Ele imediatamente pediu-me:
─ Mulher, me dá uma palavra cruzada? – fiquei olhando pra ele que já havia me pedido um sem número de coisas no hospital e comecei a resmungar:
─ Uma palavra cruzada?! Então agora você quer uma palavra cruzada, Edgar? Muito bem. Uma palavra cruzada. Veja?! – o homem da banca a nos observar e ele pequenino, apenas oito anos de idade me observando tranquilo, serenamente assentindo com a cabeça afirmativamente. Então finalizei meu resmungo dizendo:
─ Ora vejam, uma palavra cruzada?! – Fez-se um breve silêncio e ele voltou-se para mim novamente e disse:
─ Então me dê duas!


AINDA EDGAR
Houve um período em que fazíamos o Evangelho no Lar justamente aos domingos às 20h. Mas justamente às 16h o Mormaço encerrava a entrada grátis nas suas dependências à beira rio em Belém do Pará. O estabelecimento acolhia estudantes universitários, aqueles que estão na fase dos preços módicos e vivem em busca de bagatelas, gratuidades e coisas do gênero. Nesse domingo Edgar sucumbiu aos prazeres da carne e foi acompanhar um amigo até o Mormaço com a SINCERA proposta de regressar em tempo para o encontro semanal que a família desenvolvia há mais de duas décadas. Como ele não fazia uso de bebida alcoólica o caso era só dançar, ficava muito fácil dar-lhe crédito nessa proposta de regresso para o referido compromisso, ainda porque ele adora essa reunião familiar. Contudo, não foi o que aconteceu. Até a hora de irmos nos recolher ele ainda não havia chegado. A coisa tinha ficado sedutora MESMO! No dia seguinte Edgar mantem-se no quarto por longo tempo esperando que todos saíssem para que ele pudesse colocar a cara “sem vergonha” fora. Estava constrangido e, lá pelas tantas da manhã, quando resolve sair de seus aposentos, eis que a mãe simultaneamente sai do seu quarto como numa cena de novela muito bem ensaiada. Edgar com a cara mais safada do mundo franze a testa como que querendo se desculpar. Um silencio invade o ambiente. Olham-se e a mãe exclama:
─ Ah Edgar! Ah meu filho! Eu não quero nem falar... – e ele se sai com essa:
─ Mulheeeeer, Deus está em todo lugar!


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